26.4.06

despedida.

ouvir sons acelerados de post rock.
uma gaita, uma gaita de fole, um violino e uma bateria
iradíssima.tentar correr nos pensamentos.
aeroporto, adeus, são paulo. vai, vai embora.

indo embora, é partir pra outra.
tudo é muito simples, o que eu não curto é chorar.
nem ter gastrite. medo, blé. cartas que não eram
entregues vão ter que ser agora. pra tu ter o que
ler no landing in sampa.

rapaz, eu acredito que o sentimento é algo do mais
importante dentro da gente. e toma conta assim. que
um folha caindo, uma estrela-cadente vista, o mar,
o vento ou mombojó sendo ouvido me fazem lembrar disso.
disso que senti avec toi.

é não olhar pra trás. e deixar de ler caio fernando abreu. =~~
por enquanto.

25.4.06

Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã, parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem
De quem não tem vintém
Pedro pedreiro fica assim pensando
Assim pensando o tempo passa
E a gente vai ficando pra trás
Esperando, esperando, esperando
Esperando o sol
Esperando o trem
Esperando o aumento
Desde o ano passado
Para o mês que vem

...

Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã, parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem
De quem não tem vintém
Pedro pedreiro está esperando a morte
Ou esperando o dia de voltar pro norte
Pedro não sabe mas talvez no fundo
Espera alguma coisa mais linda que o mundo
Maior do que o mar
Mas pra que sonhar
Se dá o desespero de esperar demais
Pedro pedreiro quer voltar atrás
Quer ser pedreiro pobre e nada mais
Sem ficar esperando, esperando, esperando
Esperando o sol
Esperando o trem
Esperando aumento para o mês que vem
Esperando um filho pra esperar também
Esperando a festa
Esperando a sorte
Esperando a morte
Esperando o norte
Esperando o dia de esperar ninguém
Esperando enfim nada mais além
Da esperança aflita, bendita, infinita
Do apito do trem
...
;

acho que algo está acontecendo. algo novo =]
é como um vento batendo, trazendo d'algum canto aqui que se já esperava.
esperando, esperando...

escrever?

é, minha forma de escrever passa longe de ser algo que se possa entender assim de cara.
na verdade se eu fosse escritor ficaria naquele lado surreal e instantaneo de jogar tudo o que vem ao mesmo tempo da mente pro papel sem se preocupar com capítulos, páginas, paragrafo ou pontuação. vida é vida.

junkie2


aí aí. na moral.
os guris e gurias por aí perdem tempo com pouco.
noel. lingua azul. perdi talvez meu tempo.
acordar com os olhos inchados e aquela preguiça nas pernas.
vida acadêmida que não bate mais forte, coração que quer chão de areia: mar, sombra e nuvens por lá.
decisões. ter que se decidir. ...
mas é tão legal quando as coisas que você dava muita importância mas te causavam agonia deixam de brilhar forte e mostrar como se faz isso na sua frente.

junkie

é. sobre o efeito agora.
ouvindo muse, lembra radiohead.
vontade de falar.
vou falar.
agora.
medo. adrenalina e no pause um foda-se.
medo.
amém, ave lucife.

velhos compram com medo, das mãos do bilheteiro as entradas do trem fantasma,

22.4.06

¬¬

odeio certos tipos de trocas.
algo que te cativa e te deixa.
acho que eu não trocaria ninguem assim.
mandaria pessoas a merda, e falava, se ele não for eu não vou.
falou.

porra, sempre me vejo num buraco de contradições.
é sempre alguma coisa hahaha. as pessoas mais descoladas e
sem problemas com quem convivo porém não me despertam
nada de amor ou de sei lá.
será que é insistir no erro? ou dar risadas bobas meio desesperadas
pra não perder o clima do momento.

eu ri, mas uma hora tava achando tudo babaca.
e um saco. e o papo que só girava em torno de uma coisa.
...

odeio o fato d'eu me importar com a liberdade dos outros,
e não ligar no agora e mandar alguem à casa do caralho.
pensar depois não vale.

mas teve o lado bom, o caminho foi mudado, outras pedras
chegaram e locais bons surgirão. é a vontade de querer estar
perto que morre assim nesses atos. é melhor =]

20.4.06

primeiros dias de ufal, vamo nessa...

ainda tô mei assim. quer dizer, desde 2004, quando terminei o 3 ano que to meio assim...

tudo começou com amigos que descobriram a literatura. depois a arte, depois redescobriram os vinis antigos em casa do vinicius de morais e toquinho, e veio chico buarque, e depois adorno, e veio a arte, e veio sei lá mais o quê.

uma arvore que foi se plantando no chão. as raízes foram postas num solo meio ácido. acho que esse tal ph são as convenções. agente se criou de outra forma.

aí no terceiro ano vem um professor fodao de filosofia e historia.
formado em hist. na usp. fugiu de lá porque irritou os conservadores da usp e veio pra cá. o baixinho coroa transformou poucas cabeças naquele
bloco de pedra.

foi choro por crise existencial. e agora sem saber em qual dos buracos é menos doloroso de se existir aqui nessa vida.

por enquanto escutar mutantes na vitrola me relaxa e me anima =]
é o passado voltando na vida de quem vai continuando. dizem que é assim né. tudo re-re-voltando.